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Re: ON THE ROAD
Entrevista: Walter Salles
Numa entrevista exclusiva para RG, o cineasta conversa sobre “Na Estrada”, baseado na obra de Kerouac
Por Jeff Ares
O longa Na Estrada está nos cinemas. Na edição de junho de RG, antes da exibição no Festival de Cannes, conversei com o diretor Walter Salles, que encarou de frente a obra que definiu o movimento beat e abriu caminhos para a liberdade intelectual e sexual que hoje te permite viver mais intensamente.
Já assistiu ao filme? Aqui, a nossa conversa, pra te fazer cair na estrada.
RG: Você leu Kerouac em que momento da sua vida e que efeito ele teve em você?
Walter Salles: Li o romance pela primeira vez aos 18 anos. Fiquei impactado com aqueles personagens que viviam à flor da pele, à procura de formas diferentes de liberdade, para quem o sexo e as drogas eram maneiras de ampliar sua percepção do mundo. Pé na Estrada era o contraponto do Brasil dos anos 70 em que vivíamos. Também fiquei marcado pela liberdade da narrativa, diretamente influenciada pelo jazz e bebop. O Apanhador no Campo de Centeio, do Salinger, tinha sido uma leitura marcante, mas Pé na Estrada foi dez vezes mais. Acabei voltando várias vezes ao romance. É como um amor de juventude que resistiu ao tempo.
RG: Adaptar uma obra literária da dimensão de Pé na Estrada deve encerrar o prazer de um grande desafio e o medo de um grande desafio. Esses sentimentos se misturaram muito nestes sete anos?
WS: Sim, e isso também aconteceu com Diários de Motocicleta. Toda adaptação implica numa grande responsabilidade. Bem maior do que quando se trabalha a partir de ideias originais, como eram Central do Brasil, Terra Estrangeira ou Linha de Passe.
RG: Que temas intrínsecos à obra você considera mais relevantes para o jovem deste tempo, que tomará contato com Kerouac e os beatniks através do seu filme?
WS: O fato de que, nesse rito de passagem da juventude à idade adulta, os personagens principais têm a coragem de experimentar na primeira pessoa, de viver de verdade e não por procuração. O oposto daquilo que se convencionou chamar de “tele-realidade”, por exemplo, em que tudo é experimentado à distância, em frente à televisão.
RG: O processo de escolha dos atores seguiu algum parâmetro determinado? Houve surpresas na escalação? Quem te surpreendeu mais profundamente?
WS: O elenco se construiu ao longo do tempo, porque o filme demorou oito anos para se tornar realidade. Kirsten Dunst foi a primeira atriz que contatei para interpretar Camille. Gosto muito de sua maneira de atuar, sempre justa, precisa. Organizamos testes de elenco nas costas leste e oeste dos Estados Unidos, que nos ajudaram a descobrir jovens atores muito talentosos. Garrett Hedlund veio do interior de Minnesota, onde ele morava num sítio com o pai, para o teste do filme em Los Angeles. No caminho, escreveu um texto que ele leu em alta voz, e que parecia ter saído da boca de Neal Cassady. Logo depois, interpretou duas cenas e ficamos todos impressionados com o seu talento. Quando vi o filme Control, fiquei impactado pela atuação de Sam Riley. Quando ele veio até Nova York para ler o roteiro com Garrett, o duo principal do filme começou a existir. A escolha de Kristen Stewart começou de forma inusitada: Gustavo Santaolalla e Alejandro Iñarritu tinham acabado de ver a primeira montagem de Na Natureza Selvagem, de Sean Penn, e me disseram: “Para Marylou, você não precisa procurar mais ninguém… há uma ótima jovem atriz no novo filme de Penn”. Quando vi o filme e conheci Kristen, ela me disse que Pé na Estrada era seu livro de cabeceira, e que sempre quis fazer o papel de Marylou. O casting principal começava a tomar corpo. Mais tarde, quando a MK2 tornou o filme possível, convidamos atores que eu admiro imensamente, como Viggo Mortensen e Steve Buscemi. Além do talento que têm, são pessoas próximas do espírito do livro. Com Alice Braga eu sempre quis trabalhar, e ela trouxe uma luminosidade única ao papel de Terry, uma jovem imigrante que Sal, o narrador do filme, encontra na estrada.
RG: Um filme de estrada, como uma viagem, deve reservar uma epifania ou outra. Alguma desta vez?
WS: Quando você pega a estrada e se distancia do ponto de partida, você ganha uma nova perspectiva sobre o mundo. Entende melhor de onde você vem, quem você é, e eventualmente adquire a possibilidade de eleger os caminhos que você vai querer seguir no futuro. É o que acontece em Diários de Motocicleta, por exemplo. É um rito de passagem que acaba desaguando numa vocação. Os filmes de estrada permitem que as trajetórias pessoais sejam redefinidas, mas também ensejam uma perda. Uma parte de quem somos, ou de quem fomos, fica naquele ponto de origem. Na Estrada fala disso, do muito que se aprende na estrada, mas também das perdas sofridas no caminho.
RG: Ritos de passagem interessam ao seu cinema, muitos de seus personagens estão em formação. São alegorias de uma vontade de educar o olhar pelo cinema, de tocar um espectador brasileiro, também em formação cultural?
WS: Eu sou daquela geração que teve a oportunidade de ser educada pelo cinema, no sentido em que eram os filmes que nos traziam notícias do mundo. Você ia ver os filmes de Fellini, e uma parte daquele riquíssimo imaginário nos dava a entender o que poderia ter sido a Itália num dado momento da sua história. Não acho que isso se tenha perdido inteiramente, embora a multiplicação de imagens faça com que o cinema seja hoje muito menos predominante na formação do olhar do que já foi no passado. Mas, quando vejo um filme como Em Busca da Vida, do Jia Zhang-Ke, acabo aprendendo coisas sobre a China que eu jamais poderia ter imaginado antes de entrar na sala de cinema. O mesmo pode ser dito de As Canções, o último filme de Eduardo Coutinho, ou o seu maravilhoso Jogo de Cena. Há aspectos da alma humana que são revelados ali, com uma rara inteligência e sensibilidade, e que eu desconhecia. Para isso é que ainda serve o cinema.
RG: Qual é a cor do seu filme?
WS: Vamos começar pela textura. Filmamos em 35mm e não em digital, para ter aquele grão do registro fotográfico dos anos 50 e 60. As cores são fortes, os pretos densos, a câmera constantemente na mão.
RG: Qual é o som do seu filme?
WS: Como não poderia deixar ser, o bebop e o jazz.
RG: Qual é o cheiro do seu filme?
WS: O do negativo, talvez um dos últimos filmes realizados neste suporte, infelizmente.
RG: Qual é a voz do seu filme?
WS: A do narrador, Sal Paradise, o alter-ego de Kerouac. Como a narrativa acompanha jovens que exploraram todas as possibilidades a sua frente, é a voz do narrador que dá sentido à história, que traça um vetor de desenvolvimento. Na Estrada é também a história de um livro em construção, que Sal está escrevendo.
RG: O que esperar da exibição de Cannes? Te assusta a crítica, e o clichê de que um filme nunca será melhor do que a obra literária original?
WS: Um filme nunca será melhor do que a obra literária, ponto. Para mim, isso é ponto pacífico, e por isso é que é tão importante voltar ao livro. No Brasil, ele conta com uma ótima tradução, do Eduardo Bueno, então vale duplamente a pena. Como o filme estreou na França no dia 23 de maio, já saíram várias críticas francesas e elas são até agora boas. Cannes é o lugar onde os filmes nascem, para o bem e para o mal. A cada ano, 1800 filmes são enviados para o festival, que seleciona 20 ou 21 em competição. Você acaba se encontrando por alguns momentos ao lado de cineastas que são os seus mestres, e de jovens cineastas com muito talento. É como se, no futebol, você fosse convidado para jogar uma vez ou outra no Camp Nou, o estádio do Barcelona. É, no mínimo, um desafio.
RG: Que histórias te faltam contar?
WS: Existem algumas idéias em desenvolvimento, todas no Brasil e na América Latina. Adoraria voltar a filmar com Fernanda Montenegro, seria um privilégio e tanto. Mas, antes de mais nada, preciso dar tempo ao tempo. Quando Na Estrada começou a tomar forma, há oito anos, a minha vida era diferente. Hoje tenho dois filhos pequenos, e o cinema deixou de ser a coisa mais importante para mim.
RG: Algo mais a dizer?
WS: Obrigado!”
http://siterg.terra.com.br/news/2012/07/19/entrevista-walter-salles/
Numa entrevista exclusiva para RG, o cineasta conversa sobre “Na Estrada”, baseado na obra de Kerouac
Por Jeff Ares
O longa Na Estrada está nos cinemas. Na edição de junho de RG, antes da exibição no Festival de Cannes, conversei com o diretor Walter Salles, que encarou de frente a obra que definiu o movimento beat e abriu caminhos para a liberdade intelectual e sexual que hoje te permite viver mais intensamente.
Já assistiu ao filme? Aqui, a nossa conversa, pra te fazer cair na estrada.
RG: Você leu Kerouac em que momento da sua vida e que efeito ele teve em você?
Walter Salles: Li o romance pela primeira vez aos 18 anos. Fiquei impactado com aqueles personagens que viviam à flor da pele, à procura de formas diferentes de liberdade, para quem o sexo e as drogas eram maneiras de ampliar sua percepção do mundo. Pé na Estrada era o contraponto do Brasil dos anos 70 em que vivíamos. Também fiquei marcado pela liberdade da narrativa, diretamente influenciada pelo jazz e bebop. O Apanhador no Campo de Centeio, do Salinger, tinha sido uma leitura marcante, mas Pé na Estrada foi dez vezes mais. Acabei voltando várias vezes ao romance. É como um amor de juventude que resistiu ao tempo.
RG: Adaptar uma obra literária da dimensão de Pé na Estrada deve encerrar o prazer de um grande desafio e o medo de um grande desafio. Esses sentimentos se misturaram muito nestes sete anos?
WS: Sim, e isso também aconteceu com Diários de Motocicleta. Toda adaptação implica numa grande responsabilidade. Bem maior do que quando se trabalha a partir de ideias originais, como eram Central do Brasil, Terra Estrangeira ou Linha de Passe.
RG: Que temas intrínsecos à obra você considera mais relevantes para o jovem deste tempo, que tomará contato com Kerouac e os beatniks através do seu filme?
WS: O fato de que, nesse rito de passagem da juventude à idade adulta, os personagens principais têm a coragem de experimentar na primeira pessoa, de viver de verdade e não por procuração. O oposto daquilo que se convencionou chamar de “tele-realidade”, por exemplo, em que tudo é experimentado à distância, em frente à televisão.
RG: O processo de escolha dos atores seguiu algum parâmetro determinado? Houve surpresas na escalação? Quem te surpreendeu mais profundamente?
WS: O elenco se construiu ao longo do tempo, porque o filme demorou oito anos para se tornar realidade. Kirsten Dunst foi a primeira atriz que contatei para interpretar Camille. Gosto muito de sua maneira de atuar, sempre justa, precisa. Organizamos testes de elenco nas costas leste e oeste dos Estados Unidos, que nos ajudaram a descobrir jovens atores muito talentosos. Garrett Hedlund veio do interior de Minnesota, onde ele morava num sítio com o pai, para o teste do filme em Los Angeles. No caminho, escreveu um texto que ele leu em alta voz, e que parecia ter saído da boca de Neal Cassady. Logo depois, interpretou duas cenas e ficamos todos impressionados com o seu talento. Quando vi o filme Control, fiquei impactado pela atuação de Sam Riley. Quando ele veio até Nova York para ler o roteiro com Garrett, o duo principal do filme começou a existir. A escolha de Kristen Stewart começou de forma inusitada: Gustavo Santaolalla e Alejandro Iñarritu tinham acabado de ver a primeira montagem de Na Natureza Selvagem, de Sean Penn, e me disseram: “Para Marylou, você não precisa procurar mais ninguém… há uma ótima jovem atriz no novo filme de Penn”. Quando vi o filme e conheci Kristen, ela me disse que Pé na Estrada era seu livro de cabeceira, e que sempre quis fazer o papel de Marylou. O casting principal começava a tomar corpo. Mais tarde, quando a MK2 tornou o filme possível, convidamos atores que eu admiro imensamente, como Viggo Mortensen e Steve Buscemi. Além do talento que têm, são pessoas próximas do espírito do livro. Com Alice Braga eu sempre quis trabalhar, e ela trouxe uma luminosidade única ao papel de Terry, uma jovem imigrante que Sal, o narrador do filme, encontra na estrada.
RG: Um filme de estrada, como uma viagem, deve reservar uma epifania ou outra. Alguma desta vez?
WS: Quando você pega a estrada e se distancia do ponto de partida, você ganha uma nova perspectiva sobre o mundo. Entende melhor de onde você vem, quem você é, e eventualmente adquire a possibilidade de eleger os caminhos que você vai querer seguir no futuro. É o que acontece em Diários de Motocicleta, por exemplo. É um rito de passagem que acaba desaguando numa vocação. Os filmes de estrada permitem que as trajetórias pessoais sejam redefinidas, mas também ensejam uma perda. Uma parte de quem somos, ou de quem fomos, fica naquele ponto de origem. Na Estrada fala disso, do muito que se aprende na estrada, mas também das perdas sofridas no caminho.
RG: Ritos de passagem interessam ao seu cinema, muitos de seus personagens estão em formação. São alegorias de uma vontade de educar o olhar pelo cinema, de tocar um espectador brasileiro, também em formação cultural?
WS: Eu sou daquela geração que teve a oportunidade de ser educada pelo cinema, no sentido em que eram os filmes que nos traziam notícias do mundo. Você ia ver os filmes de Fellini, e uma parte daquele riquíssimo imaginário nos dava a entender o que poderia ter sido a Itália num dado momento da sua história. Não acho que isso se tenha perdido inteiramente, embora a multiplicação de imagens faça com que o cinema seja hoje muito menos predominante na formação do olhar do que já foi no passado. Mas, quando vejo um filme como Em Busca da Vida, do Jia Zhang-Ke, acabo aprendendo coisas sobre a China que eu jamais poderia ter imaginado antes de entrar na sala de cinema. O mesmo pode ser dito de As Canções, o último filme de Eduardo Coutinho, ou o seu maravilhoso Jogo de Cena. Há aspectos da alma humana que são revelados ali, com uma rara inteligência e sensibilidade, e que eu desconhecia. Para isso é que ainda serve o cinema.
RG: Qual é a cor do seu filme?
WS: Vamos começar pela textura. Filmamos em 35mm e não em digital, para ter aquele grão do registro fotográfico dos anos 50 e 60. As cores são fortes, os pretos densos, a câmera constantemente na mão.
RG: Qual é o som do seu filme?
WS: Como não poderia deixar ser, o bebop e o jazz.
RG: Qual é o cheiro do seu filme?
WS: O do negativo, talvez um dos últimos filmes realizados neste suporte, infelizmente.
RG: Qual é a voz do seu filme?
WS: A do narrador, Sal Paradise, o alter-ego de Kerouac. Como a narrativa acompanha jovens que exploraram todas as possibilidades a sua frente, é a voz do narrador que dá sentido à história, que traça um vetor de desenvolvimento. Na Estrada é também a história de um livro em construção, que Sal está escrevendo.
RG: O que esperar da exibição de Cannes? Te assusta a crítica, e o clichê de que um filme nunca será melhor do que a obra literária original?
WS: Um filme nunca será melhor do que a obra literária, ponto. Para mim, isso é ponto pacífico, e por isso é que é tão importante voltar ao livro. No Brasil, ele conta com uma ótima tradução, do Eduardo Bueno, então vale duplamente a pena. Como o filme estreou na França no dia 23 de maio, já saíram várias críticas francesas e elas são até agora boas. Cannes é o lugar onde os filmes nascem, para o bem e para o mal. A cada ano, 1800 filmes são enviados para o festival, que seleciona 20 ou 21 em competição. Você acaba se encontrando por alguns momentos ao lado de cineastas que são os seus mestres, e de jovens cineastas com muito talento. É como se, no futebol, você fosse convidado para jogar uma vez ou outra no Camp Nou, o estádio do Barcelona. É, no mínimo, um desafio.
RG: Que histórias te faltam contar?
WS: Existem algumas idéias em desenvolvimento, todas no Brasil e na América Latina. Adoraria voltar a filmar com Fernanda Montenegro, seria um privilégio e tanto. Mas, antes de mais nada, preciso dar tempo ao tempo. Quando Na Estrada começou a tomar forma, há oito anos, a minha vida era diferente. Hoje tenho dois filhos pequenos, e o cinema deixou de ser a coisa mais importante para mim.
RG: Algo mais a dizer?
WS: Obrigado!”
http://siterg.terra.com.br/news/2012/07/19/entrevista-walter-salles/
nati- Mensajes : 41
Fecha de inscripción : 05/07/2012
Re: ON THE ROAD
Entrevista de Grazia:
http://www.grazia.it/magazine/interviste/Viggo-Mortensen-Vi-sembro-sexy
VIGGO MORTENSEN: «VI SEMBRO SEXY?»
BY
Simona Coppa
Per Viggo Mortensen recitare «È la cosa più facile del mondo» («ma può diventare la più umiliante»), viaggiare una condizione essenziale (parla sei lingue), la poesia un vero e proprio amore («scrivo con carta e penna»). Vi sembra irresistibile? Anche a noi, ma lui non se ne rende conto...
Oddio no! Viggo Mortensen indossa la felpa del San Lorenzo, la squadra di calcio argentina di cui è un grande tifoso. L’effetto è quello che temevo: tutti i giornalisti maschi presenti all’incontro con l’attore si scatenano in domande su chi vincerà la tale partita, il tale campionato, il derby... Con il risultato che i primi 20 minuti con uno degli uomini più affascinanti del mondo vengono sprecati a parlare di sport! E io lo sapevo, perché la stessa cosa è successa alcuni mesi fa quando, ospite del famosissimo David Letterman Show, Viggo (che per l’occasione indossava un elegantissimo completo grigio scuro e la cravatta con i colori dei Giants), ha portato in regalo al conduttore pins, poster e calamite della squadra di football di New York.
E così i primi 10 minuti della trasmissione se ne sono andati in ringraziamenti e commenti sportivi.
Poeta, pittore, fotografo, musicista e straordinario attore (tra i preferiti del regista David Cronenberg che l’ha diretto in A history of violence, La promessa dell’assassino e A dangerous method), Mortensen ha il “difetto” di essere un tifoso sfegatato.
Mentre si continua a perdere tempo come se fossimo al bar sport (gli uomini...), lo osservo bene.
Di solito i belli come lui sono perfettamente consapevoli del loro fascino, Mortensen però dà l’idea di essersene dimenticato o, comunque, di fregarsene.
Madre americana, padre danese (Viggo è un antico nome vichingo) e nonno canadese, l’attore parla perfettamente cinque lingue e quando mi stringe la mano dice in italiano: «Come stai, Simona?», (parlami pure tutta la vita di gol e di rigori, Viggo).
Il motivo dell’intervista è l’uscita di On the road, l’adattamento cinematografico del libro manifesto della Beat Generation (On the road, di Jack Kerouac), presentato al Festival di Cannes e in uscita l’11 ottobre.
L’idea di questo film è nata 30 anni fa, quando Francis Ford Coppola acquistò i diritti del romanzo: il figlio Roman l’ha portata avanti e finalmente ha trovato il regista giusto, il brasiliano Walter Salles, lo stesso di I diari della motocicletta, il film sulla gioventù di Che Guevara. Tra protagonisti del mitico viaggio on the road attraverso gli Stati Uniti ci sono Kristen Stewart (l’eroina di Twilight), Kirsten Dunst, Garrett Hedlund, Sam Riley e Viggo Mortensen, nel ruolo di Old Bull Lee, ovvero lo scrittore William Seward Burroughs, padre spirituale di Kerouac.
Che idea aveva della Beat Generation prima del film? Aveva già letto il libro?
«Sì, negli Anni 70, quando avevo 17-18 anni e vivevo in America, al confine con il Canada. On the road è stato un romanzo di formazione per tanti adolescenti della mia generazione, anche per me. Molto più tardi, ho scoperto altri scrittori come Allen Ginsberg, Céline, Rimbaud, Camus... Ma trovo che Burroughs fosse il più originale, un outsider, un pioniere del linguaggio».
Ha creduto subito nel film? Nessuna perplessità? Dopotutto se ne parla da 30 anni...
«Sapevo che non sarebbe stato facile creare un unico racconto partendo dagli episodi scritti da Kerouac, c’era il rischio di produrre una sequenza infinita di splendide immagini: le macchine degli Anni 50, i paesaggi western, le strade deserte. Salles avrebbe potuto realizzare il classico film iconografico, un’innocua cartolina. Invece, ha scelto di rappresentare anche l’aspetto più dark del viaggio, cioè le droghe, le corse in auto a tutta velocità, il fumo, le notti insonni. Il regista porta sullo schermo il desiderio di rompere gli schemi e le regole, di spingersi oltre il limite che ha ispirato generazioni di ragazzi ribelli, ma mette in evidenza anche le dolorose conseguenze».
Ma sul suo ruolo qualche dubbio l’ha avuto...
«Ero indeciso se accettare... Avevo ancora Sigmund Freud addosso (l’ultimo personaggio che ha interpretato, ndr), e non c’era abbastanza tempo per fare “piazza pulita” ed entrare in un altro. Ma il regista ha insistito e alla fine mi ha convinto».
Parliamo del suo personaggio, quel Burroughs che Kerouac nel suo romanzo ribattezza Old Bull Lee...
«Mai avrei pensato di interpretare proprio lui, da lettore mi sono sempre immaginato nei panni di Dean Moriarty (Neal Cassady, il miglior amico di Kerouac, che nel film è interpretato da Garrett Hedlund, ndr). Burroughs era ammirato dagli altri scrittori per la sua straordinaria cultura, la conoscenza di droghe e il pensiero anarchico. Io sono rimasto affascinato dalla sua sensibilità e dalle nuove forme di sintassi e di grammatica che ha sperimentato. Per avvicinarmi di più al personaggio, ho studiato il modo in cui pronunciava certe parole, il ritmo, la voce danneggiata dalla droga e dall’età».
Questo modo di vivere “on the road” le appartiene?
«Sono nato a New York, cresciuto in un ranch in Argentina e a Copenaghen. Mio padre si spostava di continuo e io e i miei fratelli siamo diventati grandi cambiando paesaggi, abitudini, lingua. Io non ho mai smesso di viaggiare, attraverso Paesi e personaggi: questo è il mio lavoro. Il viaggio, fisico e mentale, è il modo migliore di vivere».
Quali lingue parla?
«Inglese, svedese, danese, spagnolo, italiano e francese».
In spagnolo ha recitato a teatro, in francese ha fatto un un film: non è da tutti…
«È stato faticoso anche per me: parlare non è come recitare».
Il vero Viggo da quale Paese viene?
«Per quello che riguarda le mie emozioni, il mio dna e anche il mio aspetto, direi che sono al 100 per cento nordeuropeo. Ma c’è una parte di me che mi fa cenare tardi la sera, mi rende pigro e accentua il mio senso dell’umorismo. Ecco, quella parte è strettamente legata all’Argentina».
Qual è il luogo dove si sente davvero a casa, la sua città preferita?
«Questa è la tipica domanda che mi mette in crisi. Più città conosci e più diventa difficile sceglierne una sola. E lo stesso discorso vale per i libri, i film, i quadri, i ristoranti...».
Lei è anche musicista, suona il piano e ha prodotto vari album (l’ultimo nel 2011, “Reunion”). Avrei tanto voluto chiederle la sua canzone preferita, ma…
«Sono molte, troppe… Ma se proprio vuole una risposta eccola: Envidia, cantata da Ada Falcòn, è un brano che sa di tango».
Proseguiamo con l’elenco dei suoi talenti. Lei è scrittore, poeta e usa ancora carta e penna. Conferma?
«Verissimo. Però ho dovuto in parte rassegnarmi al computer per facilitare e velocizzare il lavoro degli editor».
Sempre pacato, riflessivo, ma c’è qualcosa che non sopporta e che le fa perdere la calma?
«Le bugie, la crudeltà e l’avarizia».
Che rapporto ha con il tempo che passa?
«Consapevole. Avevo cinque anni la prima volta che ho pensato che tutti prima o poi dobbiamo morire: un’ingiustizia che mi ha fatto molto arrabbiare! Crescendo me ne sono fatto una ragione, ma ogni tanto quella rabbia mi ritorna. Più il tempo passa e più aumenta il numero di cose che ho voglia di fare: la vita è troppo breve!».
La professione di attore continua a piacerle?
«Recitare è il lavoro più facile e divertente del mondo, quando tutto funziona. Può diventare la cosa più imbarazzante e umiliante, quando tutto va storto. E lì, purtroppo, nessuno ti può aiutare».
Lei sa di essere molto seducente?
«Solo quando entro in un personaggio. E solo se ci credo anch’io».
09 Ottobre 2012
http://www.grazia.it/magazine/interviste/Viggo-Mortensen-Vi-sembro-sexy
VIGGO MORTENSEN: «VI SEMBRO SEXY?»
BY
Simona Coppa
Per Viggo Mortensen recitare «È la cosa più facile del mondo» («ma può diventare la più umiliante»), viaggiare una condizione essenziale (parla sei lingue), la poesia un vero e proprio amore («scrivo con carta e penna»). Vi sembra irresistibile? Anche a noi, ma lui non se ne rende conto...
Oddio no! Viggo Mortensen indossa la felpa del San Lorenzo, la squadra di calcio argentina di cui è un grande tifoso. L’effetto è quello che temevo: tutti i giornalisti maschi presenti all’incontro con l’attore si scatenano in domande su chi vincerà la tale partita, il tale campionato, il derby... Con il risultato che i primi 20 minuti con uno degli uomini più affascinanti del mondo vengono sprecati a parlare di sport! E io lo sapevo, perché la stessa cosa è successa alcuni mesi fa quando, ospite del famosissimo David Letterman Show, Viggo (che per l’occasione indossava un elegantissimo completo grigio scuro e la cravatta con i colori dei Giants), ha portato in regalo al conduttore pins, poster e calamite della squadra di football di New York.
E così i primi 10 minuti della trasmissione se ne sono andati in ringraziamenti e commenti sportivi.
Poeta, pittore, fotografo, musicista e straordinario attore (tra i preferiti del regista David Cronenberg che l’ha diretto in A history of violence, La promessa dell’assassino e A dangerous method), Mortensen ha il “difetto” di essere un tifoso sfegatato.
Mentre si continua a perdere tempo come se fossimo al bar sport (gli uomini...), lo osservo bene.
Di solito i belli come lui sono perfettamente consapevoli del loro fascino, Mortensen però dà l’idea di essersene dimenticato o, comunque, di fregarsene.
Madre americana, padre danese (Viggo è un antico nome vichingo) e nonno canadese, l’attore parla perfettamente cinque lingue e quando mi stringe la mano dice in italiano: «Come stai, Simona?», (parlami pure tutta la vita di gol e di rigori, Viggo).
Il motivo dell’intervista è l’uscita di On the road, l’adattamento cinematografico del libro manifesto della Beat Generation (On the road, di Jack Kerouac), presentato al Festival di Cannes e in uscita l’11 ottobre.
L’idea di questo film è nata 30 anni fa, quando Francis Ford Coppola acquistò i diritti del romanzo: il figlio Roman l’ha portata avanti e finalmente ha trovato il regista giusto, il brasiliano Walter Salles, lo stesso di I diari della motocicletta, il film sulla gioventù di Che Guevara. Tra protagonisti del mitico viaggio on the road attraverso gli Stati Uniti ci sono Kristen Stewart (l’eroina di Twilight), Kirsten Dunst, Garrett Hedlund, Sam Riley e Viggo Mortensen, nel ruolo di Old Bull Lee, ovvero lo scrittore William Seward Burroughs, padre spirituale di Kerouac.
Che idea aveva della Beat Generation prima del film? Aveva già letto il libro?
«Sì, negli Anni 70, quando avevo 17-18 anni e vivevo in America, al confine con il Canada. On the road è stato un romanzo di formazione per tanti adolescenti della mia generazione, anche per me. Molto più tardi, ho scoperto altri scrittori come Allen Ginsberg, Céline, Rimbaud, Camus... Ma trovo che Burroughs fosse il più originale, un outsider, un pioniere del linguaggio».
Ha creduto subito nel film? Nessuna perplessità? Dopotutto se ne parla da 30 anni...
«Sapevo che non sarebbe stato facile creare un unico racconto partendo dagli episodi scritti da Kerouac, c’era il rischio di produrre una sequenza infinita di splendide immagini: le macchine degli Anni 50, i paesaggi western, le strade deserte. Salles avrebbe potuto realizzare il classico film iconografico, un’innocua cartolina. Invece, ha scelto di rappresentare anche l’aspetto più dark del viaggio, cioè le droghe, le corse in auto a tutta velocità, il fumo, le notti insonni. Il regista porta sullo schermo il desiderio di rompere gli schemi e le regole, di spingersi oltre il limite che ha ispirato generazioni di ragazzi ribelli, ma mette in evidenza anche le dolorose conseguenze».
Ma sul suo ruolo qualche dubbio l’ha avuto...
«Ero indeciso se accettare... Avevo ancora Sigmund Freud addosso (l’ultimo personaggio che ha interpretato, ndr), e non c’era abbastanza tempo per fare “piazza pulita” ed entrare in un altro. Ma il regista ha insistito e alla fine mi ha convinto».
Parliamo del suo personaggio, quel Burroughs che Kerouac nel suo romanzo ribattezza Old Bull Lee...
«Mai avrei pensato di interpretare proprio lui, da lettore mi sono sempre immaginato nei panni di Dean Moriarty (Neal Cassady, il miglior amico di Kerouac, che nel film è interpretato da Garrett Hedlund, ndr). Burroughs era ammirato dagli altri scrittori per la sua straordinaria cultura, la conoscenza di droghe e il pensiero anarchico. Io sono rimasto affascinato dalla sua sensibilità e dalle nuove forme di sintassi e di grammatica che ha sperimentato. Per avvicinarmi di più al personaggio, ho studiato il modo in cui pronunciava certe parole, il ritmo, la voce danneggiata dalla droga e dall’età».
Questo modo di vivere “on the road” le appartiene?
«Sono nato a New York, cresciuto in un ranch in Argentina e a Copenaghen. Mio padre si spostava di continuo e io e i miei fratelli siamo diventati grandi cambiando paesaggi, abitudini, lingua. Io non ho mai smesso di viaggiare, attraverso Paesi e personaggi: questo è il mio lavoro. Il viaggio, fisico e mentale, è il modo migliore di vivere».
Quali lingue parla?
«Inglese, svedese, danese, spagnolo, italiano e francese».
In spagnolo ha recitato a teatro, in francese ha fatto un un film: non è da tutti…
«È stato faticoso anche per me: parlare non è come recitare».
Il vero Viggo da quale Paese viene?
«Per quello che riguarda le mie emozioni, il mio dna e anche il mio aspetto, direi che sono al 100 per cento nordeuropeo. Ma c’è una parte di me che mi fa cenare tardi la sera, mi rende pigro e accentua il mio senso dell’umorismo. Ecco, quella parte è strettamente legata all’Argentina».
Qual è il luogo dove si sente davvero a casa, la sua città preferita?
«Questa è la tipica domanda che mi mette in crisi. Più città conosci e più diventa difficile sceglierne una sola. E lo stesso discorso vale per i libri, i film, i quadri, i ristoranti...».
Lei è anche musicista, suona il piano e ha prodotto vari album (l’ultimo nel 2011, “Reunion”). Avrei tanto voluto chiederle la sua canzone preferita, ma…
«Sono molte, troppe… Ma se proprio vuole una risposta eccola: Envidia, cantata da Ada Falcòn, è un brano che sa di tango».
Proseguiamo con l’elenco dei suoi talenti. Lei è scrittore, poeta e usa ancora carta e penna. Conferma?
«Verissimo. Però ho dovuto in parte rassegnarmi al computer per facilitare e velocizzare il lavoro degli editor».
Sempre pacato, riflessivo, ma c’è qualcosa che non sopporta e che le fa perdere la calma?
«Le bugie, la crudeltà e l’avarizia».
Che rapporto ha con il tempo che passa?
«Consapevole. Avevo cinque anni la prima volta che ho pensato che tutti prima o poi dobbiamo morire: un’ingiustizia che mi ha fatto molto arrabbiare! Crescendo me ne sono fatto una ragione, ma ogni tanto quella rabbia mi ritorna. Più il tempo passa e più aumenta il numero di cose che ho voglia di fare: la vita è troppo breve!».
La professione di attore continua a piacerle?
«Recitare è il lavoro più facile e divertente del mondo, quando tutto funziona. Può diventare la cosa più imbarazzante e umiliante, quando tutto va storto. E lì, purtroppo, nessuno ti può aiutare».
Lei sa di essere molto seducente?
«Solo quando entro in un personaggio. E solo se ci credo anch’io».
09 Ottobre 2012
Farol- Mensajes : 3155
Fecha de inscripción : 25/01/2010
Re: ON THE ROAD
"uno degli uomini più affascinanti del mondo"...
Qué bien suena esto en todos los idiomas, Farol ! Y qué graciosa la periodista, porque los "giornalisti maschi" acaparan a Viggo para hablar de fútbol en vez de hablar de él, Viggo !
"Vi sembra irresistibile? Anche a noi, ma lui non se ne rende conto...
". Yo siempre me pregunté si, realmente, no se entera, o si no le importa, o si le molesta, o si en el fondo le gusta pero no lo manifiesta, o... qué ? Qué os parece, distinguidas señoras foreras y expertas en viggología ? Y, de todos modos : gracias, FAROL !
Qué bien suena esto en todos los idiomas, Farol ! Y qué graciosa la periodista, porque los "giornalisti maschi" acaparan a Viggo para hablar de fútbol en vez de hablar de él, Viggo !
"Vi sembra irresistibile? Anche a noi, ma lui non se ne rende conto...
". Yo siempre me pregunté si, realmente, no se entera, o si no le importa, o si le molesta, o si en el fondo le gusta pero no lo manifiesta, o... qué ? Qué os parece, distinguidas señoras foreras y expertas en viggología ? Y, de todos modos : gracias, FAROL !
coucou- Mensajes : 481
Fecha de inscripción : 29/01/2010
Re: ON THE ROAD
Querida coucou:
De experta en viggología...nada. ¡Que más quisiera yo! Pero me voy aventurar...le creo muy sabedor de sus encantos y de como ponerlos en práctica. Ahora bien, su timnidez le dá el contrapunto y eso...le hace más IRRESISTIBLEEEEEEEE!!!!!
De experta en viggología...nada. ¡Que más quisiera yo! Pero me voy aventurar...le creo muy sabedor de sus encantos y de como ponerlos en práctica. Ahora bien, su timnidez le dá el contrapunto y eso...le hace más IRRESISTIBLEEEEEEEE!!!!!
vero- Mensajes : 3040
Fecha de inscripción : 20/02/2010
Re: ON THE ROAD
Bien podría interpretar a Cassanova...o al personaje de Guy Maupassant, Bel Ami...que por cierto vi el pasado viernes y el crepuscular no termina de encajar en él. Las damas parecen más necesitadas de sus favores y él, como con cara de asco...Yo a eso no le llamaría seductor.
vero- Mensajes : 3040
Fecha de inscripción : 20/02/2010
Re: ON THE ROAD
Aquí ya se ha estrenado la peli así que a ver si puedo ir esta semana a verla
Mi gatita katy- Mensajes : 599
Fecha de inscripción : 21/03/2010
Localización : Bilbao
Re: ON THE ROAD
vero escribió:Querida coucou:
De experta en viggología...nada. ¡Que más quisiera yo! Pero me voy aventurar...le creo muy sabedor de sus encantos y de como ponerlos en práctica. Ahora bien, su timnidez le dá el contrapunto y eso...le hace más IRRESISTIBLEEEEEEEE!!!!!
Respuesta muy acertada, Vero ! Los actores en general son muy concientes de su apariencia y del efecto que producen (es una necesidad profesional para ellos). Y además cómo Viggo es muy inteligente... Pero tímido...Un encanto más
coucou- Mensajes : 481
Fecha de inscripción : 29/01/2010
Re: ON THE ROAD
Creo que ya se ha puesto, pero es bueno para refrescar ideas y decidir si ir a verla...
https://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=Jqs7WvJ0f4U
https://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=Jqs7WvJ0f4U
vero- Mensajes : 3040
Fecha de inscripción : 20/02/2010
Re: ON THE ROAD
personalmente es una época que me gusta.. Quizás me atreva y vea, en algún hueco, a este caballero que tanto me (nos) gusta
vero- Mensajes : 3040
Fecha de inscripción : 20/02/2010
Re: ON THE ROAD
Ya he visto la peli ,no me gustó demasiado, los actores en general están muy bien pero la película es floja y a ratos algo aburrida. Sólo recomedaría verla por Viggo y el chico que interpreta a Neal Cassady que es guapísimo
Mi gatita katy- Mensajes : 599
Fecha de inscripción : 21/03/2010
Localización : Bilbao
Re: ON THE ROAD
Los dos personajes están completamente "stone" en esta escena ; me pregunto si los actores lo estaban también un poquito (para la verisimilitud, claro!)
coucou- Mensajes : 481
Fecha de inscripción : 29/01/2010
Re: ON THE ROAD
No creo Cou, actuar drogado tiene que ser terriblemente dificil
Mi gatita katy- Mensajes : 599
Fecha de inscripción : 21/03/2010
Localización : Bilbao
Re: ON THE ROAD
Se estrena en Argentina este próximo jueves 19/12 ! veremos, ha tenido tantas criticas malas...
Farol- Mensajes : 3155
Fecha de inscripción : 25/01/2010
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